Disney vai utilizar inteligência artificial para mapear diversidade em seus filmes
A partir de agora a Disney contará com a ajuda da inteligência artificial para analisar os roteiros das futuras produções do estúdio. O objetivo é mapear como os gêneros são abordados nas obras e buscar uma participação igual para todos e a iniciativa se deu através de uma parceria com o Instituto Geena Davis de Gênero na Mídia.

Intitulado GD-IQ: Spellcheck for Bias, o software analisa o roteiro e identifica as participações de personagens homens e mulheres, para poder mapear como eles são utilizados na narrativa e, caso haja problemas na forma como a obra retrata os gêneros, apontá-los para que sejam corrigidos. A ferramenta foi criada em parceria com a Universidade do Sul da Califórnia e a Escola Viberti de Engenharia.

No entanto, o recurso também pode ser utilizado para analisar personagens LGBTQ+, negros, assim como outras minorias. O objetivo da Disney é utilizar a ferramenta não só para seus principais lançamentos do estúdio, incluindo Pixar e Marvel Studios, mas também para as obras encomendadas diretamente para seu serviço de streaming, o Disney+.

Como a ferramenta irá demandar uma etapa a mais na pré-produção, todas as obras que já foram lançadas não serão modificadas. Portanto, todos os textos serão estudados e alterados antes das filmagens.

Já não é de hoje que a Disney investe em representatividade e maior engajamento nas questões sociais. A prática fica clara nos últimos filmes da Marvel e Pixar, que não somente possuem mais personagens femininas, como procura fugir do estereótipo da princesa e mulher frágil.

Instituto Geena Davis sobre Gênero na Mídia
Além de atriz, produtora, roteirista e militante, Geena Davis promove a igualdade de gênero no mundo do entretenimento. Em 2007, criou o Instituto Geena Davis sobre Gênero na Mídia, que patrocina o maior projeto de pesquisa já feito sobre gênero nos produtos de entretenimento destinados ao público infantil.
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